terça-feira, 5 de maio de 2009

Conceito Teatral

Segundo Roubine os naturalistas foram os primeiros a se interrogar sobre a sonorização do espaço cênico: “se a tradicional música de cena habituada a manter um clima era um artifício que era preciso se livrar, a sonoplastia ao contrário, era capaz de intervir para reforçar a ilusão visual” (p.154).

ROUBINE, Jean-Jacques. A linguagem da encenação teatral. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1998.

“O texto de um papel ou uma peça é uma melodia, uma ópera ou uma sinfonia. [...] Quando um ator de voz bem trabalhada e magnífica técnica vocal diz as palavras de seu papel, sou completamente transportando por sua suprema arte” (p.128).

STANISLAVSKI, Constantin. A construção da personagem. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2004.

"É importante ter em mente que a hoje chamada música aplicada ou trilha sonora, que designo genericamente como música de cena, é resultado de uma tradição que remonta aos primórdios da expressão artística humana" (p.17).

"Não basta à música de cena ilustrar uma situação dramática a partir dos elementos fornecidos pela narrativa verbal. É preciso que ela explore os diferentes ângulos e que interfira com suas qualidades específicas na encenação como um todo, operando basicamente com os parâmetros de espaço e tempo, densidade e velocidade da cena e, finalmente, na curva dramática" (p. 23).

TRAGTENBERG, Lívio. Música de cena. São Paulo: Perspectiva, FAPESP, 1999.